Autismo e Empatia: Como Promover Compreensão e Cuidado
- Alexandre Gyurkovits
- 4 de abr.
- 3 min de leitura
O episódio recente do reality show Survivor trouxe uma lição poderosa sobre como empatia pode transformar situações desafiadoras e lançar luz sobre o tema do autismo. A participante Eva Erickson, que está no espectro do autismo em grau leve, enfrentou uma sobrecarga emocional em um momento decisivo. Essa experiência destacou como crises podem surgir em pessoas neurodivergentes e a importância de saber agir com compreensão e cuidado.
Eva foi acolhida. Joe, um participante do time adversário que conhecia sua condição, tomou a iniciativa de ajudá-la a se acalmar, enquanto o apresentador do programa apoiou a intervenção. Essa cena tocante não é apenas uma reflexão sobre sensibilidade, mas um exemplo prático de como o cuidado pode fazer toda a diferença.
Compreendendo o Autismo: Individualidade e Atenção
O autismo, ou Transtorno do Espectro Autista (TEA), afeta cerca de 1 em cada 36 crianças, segundo estudos recentes da OMS. No ambiente corporativo, essas crianças se tornam adultos que frequentemente encontram barreiras em vez de apoio. A falta de informação e de empatia muitas vezes resulta em exclusão ou preconceito, algo que podemos e devemos mudar.
O que líderes e equipes precisam entender:
O espectro do autismo é amplo, e cada pessoa possui características únicas.
Situações de alta carga emocional ou sensorial podem desencadear crises.
Reagir com acolhimento ao invés de intolerância pode evitar impactos negativos e fortalecer relações.
Como oferecer cuidado e compreensão:
Entenda os sinais: Observe mudanças no comportamento e atue com calma e atenção.
Reduza estímulos: Se possível, diminua ruídos e interrupções que possam intensificar o desconforto.
Promova inclusão: Crie espaços seguros onde todos se sintam respeitados e valorizados.
Informe e capacite: Líderes e equipes devem estar preparados com informações sobre neurodiversidade.
Autismo e Empatia no Trabalho: Um Chamado à Reflexão
Infelizmente, ainda há casos em que pessoas neurodivergentes enfrentam preconceito, agressões ou são alvo de chacotas em situações difíceis. Essas atitudes desumanas não apenas ferem, mas também privam o ambiente corporativo da riqueza que a neurodiversidade pode trazer.
Quando vemos gestos como o de Joe no Survivor, somos inspirados a agir. Ser empático é dar o suporte necessário, ainda que não tenhamos todas as respostas. Líderes têm um papel essencial em moldar a cultura de suas equipes, promovendo acolhimento e entendendo que cada indivíduo tem seus próprios desafios e talentos.
Legado: O Impacto que Fica
O gesto de Joe nos ensina que legados não são construídos pelo que se entrega em uma tarefa ou pelo cargo ocupado, mas pelo impacto que deixamos nos outros.
Epicteto já dizia: “Tudo o que não depende de nós é externo e temporário. Cargo, fama, poder... são ventos que passam.” Mas caráter, ética e a forma como tratamos as pessoas — isso permanece. Legado é aquilo que as pessoas continuam lembrando quando você já foi, é o impacto humano de quem você é, e não de onde você está.
O maior legado de um líder é a forma como ele inspira a empatia e a inclusão dentro de suas equipes. Quando acolhemos, ajudamos e agimos com compaixão, criamos um ambiente onde todos podem prosperar.
Concluindo com Reflexão
Este post é um convite para que todos, líderes ou colegas, reflitam sobre como lidar com o autismo no trabalho e na vida. Trata-se de aprender a reagir como Joe — com empatia e ação positiva.
Cuidar dos outros não é apenas uma escolha ética, é uma responsabilidade que todos compartilhamos. Quando tratamos as pessoas como gostaríamos de ser tratados, criamos ambientes transformadores e deixamos marcas duradouras em quem convive conosco.
Sempre busquei entender melhor o ambiente da empresa para poder seguir em frente. Sei que não é fácil. Desenvolver habilidades para liderar de forma mais humana e inspirar os outros exige esforço e reflexão constantes. Se precisar de ajuda, estou por aqui. Você não precisa percorrer esse caminho sozinho.
Antes de tudo, lembre-se: o autismo não é uma barreira, é uma oportunidade para aprender, acolher e promover inclusão. Quando investimos tempo para compreender e agir com cuidado, criamos um legado de transformação que ultrapassa o ambiente corporativo e impacta vidas.



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